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No momento pós-privatização, a Eletrobras quer retomar a participação nos próximos leilões de transmissão. A empresa é a maior transmissora do Brasil, mas havia recuado nos últimos anos. Durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado nesta quinta-feira, 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, reiterou a importância da transmissão na transição energética. O executivo citou ainda a conexão Manaus – Boa Vista, cujas obras devem ser retomadas. Quando o linhão ficar pronto conectará o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional.
Os custos da geração no sistema isolado ficam em torno de R$ 1 bilhão por ano, o que pede urgência na conexão. A linha de transmissão já deveria estar pronta há anos, mas por conta de entraves no licenciamento ambiental, o projeto foi paralisado. Ainda de acordo com Ferreira Junior, a geração atual é de baixa eficiência, o que vai mudar após a conexão.
Há um fundo decorrente da privatização da empresa para descarbonizar a região amazônica. Segundo Ferreira Junior, a Eletrobras tem um mapeamento dos sistemas isolados da região, com 1.650 pontos. Existem ainda outros dois fundos, para a região do lago de Furnas e do Rio São Francisco. “Já fizemos o primeiro depósito e já está sendo mobilizado do ponto de vista da governança para que possa gerar o benefício que esses fundos foram criados”, aponta.
Sobre o setor elétrico, o líder da Eletrobras acredita que o desafio a ser vencido é o da eficiência, uma vez que o mundo moderno não vai permitir ‘puxaidnhos’ de subsídios considerados por ele injustos, como os da GD,, com os mais pobres sendo prejudicados.
Para o presidente da Eletrobras, as empresas que não estiverem alinhadas com metas de descarbonização e ESG não se sustentarão, sob pena de serem repelidas pela sociedade. “Não vai haver negócio se a sociedade não concordar”, afirma. Segundo ele, os eventos climáticos têm reforçado a necessidade de tratar de forma responsável e urgente a temática ambiental.